Convênio com a Polícia Federal
Por Vinícius Purgato
O acordo de cooperação técnica entre a PUC-Campinas e a Polícia Federal (PF), formalizado no início de fevereiro, marca a inédita parceria do órgão com uma instituição de ensino superior privada no Brasil. Antes dela, a PF havia estreitado vínculos com universidades estaduais e federais pelo país. Embora a assinatura tenha ocorrido apenas em 2019, a aproximação entre as entidades vem rendendo frutos há algum tempo: alunos de diversos cursos da Universidade, como Administração, Direito, Engenharia Elétrica e Química, realizam estágios na sede da PF e no Aeroporto de Viracopos, colaborando para o desenvolvimento das atividades na área técnico-científica do órgão.
A cooperação, que prevê a criação de projetos e ações de interesse comum voltados ao ensino, à pesquisa e à extensão, deve gerar a ampliação de oportunidades aos alunos nos próximos meses. De imediato, já tramita na Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEXT) da Universidade a proposta de um novo Curso de Atualização, cuja temática explora os estudos em Química Forense, área de grande relevância para a Polícia Federal no auxílio à compreensão de crimes.
Três alunas da Faculdade de Química já atuam como estagiárias na análise de materiais conhecidos e desconhecidos apreendidos em aeroportos e rodoviárias, como novas drogas sintéticas que surgem no mercado. No ano passado, uma egressa do Curso recebeu, na colação de grau, uma placa de honra ao mérito pelos serviços de qualidade prestados à PF. “O acordo de cooperação com a Polícia Federal é de extrema importância aos alunos, já que oportuniza um espaço para o desenvolvimento dos conhecimentos adquiridos em sala de aula. E, sem dúvidas, benéfico à PF pela contribuição na resolução dos casos”, afirma o Prof. Me. Marcelo José Della Mura Jannini, diretor da Faculdade de Química.
O docente ainda presume que, em caso de sucesso nas atividades propostas – como o Curso de Extensão já citado –, poderá haver a abertura de uma Especialização Lato Sensu na área de Química Forense. “As experiências já observadas nos levam a crer que o aprimoramento na área é bastante desejável, o que nos estimula a sonhar com
projetos desta natureza”, disse.